quarta-feira, 1 de julho de 2015

EROTIZE- SE

Comoção

Desprendas de mim rapidamente
Para que mais desejo penetre o meu corpo
Displicentemente
Eu te venere aos poucos
Se espalhe em mim
Não esqueça de nada
Atrase o fim
Me deixe marcada
Em cores magnifícas
Extraídas da minha própria pele
Vá além da física
Sua alma me revele

Lorena Nolêto


Tentáculos

Uma parte nua
Minha
Na tua
A mão que flutua
As duas mãos
Passeam
Acelaram a pulsação
Mais rápido
No estalar dos beijos
Afogando se em fluídos
Mastigando o desejo
Mastigando lentamente
Sentir o vivo
Turbulência na mente
Um coração colorido

Lorena Nolêto

Acústico

Comece pela ponta dos pés
Acariciando cada centímetro lentamente
Os dedos são dez
Uma só mente
Conecte seus desejos mais absurdos
Deixe o pensamento mudo
Deixe seu corpo se levar
Aquele corpo te levar
Se contorça com a intesidade do olhar
Ignore a altura dos sons
Em tal hora
A moral não tem tom
Abuse de toda a sinceridade do seu corpo
Não fique mudo
Fique rouco

Lorena Nolêto
Oral

Volte
Termine o que você começou
Seja generoso
Não precisa ter amor
Seja honroso
Se desfaça do pudor
Você sentiu
Faça sentir
Pois é dando que se recebe
Na vida terrena
Amém

Lorena Nolêto

Lua de Fel

Dois cavalheiros de espadas
Que não querem damas
Duelavam na cama
Sem escudos
Com ataque
Vorazmente matando dragões entre eles
O fogo suncubia despreocupado
As espadas eram destaques
Perfuravam todo o corpo
Sem armaduras
Uma luta segura
Onde o coração é o mais armado
Gladiando o gozo
O prazer piedoso
São Jorge em pele nua

Lorena Nolêto

Dedilhar

Descobrindo áreas inexploradas
Desorientadamente
Isntintamente
Sem bússola
Sem culpa
inspiradamente
Bagunçando os lençois
Organizando o entre nós
Que se enlaça entre as pernas
Loucuras introduzidas nas internas
Nas internas do seu belo externo
Seja meu céu ou seja inferno
Lorena Nolêto

Caso

Pele em pele
Que as vezes me repele
Pernas em um jogo
Sincronia proibida
Calor e fogo
Cena colorida
Eles vêem colorido
No escuro não vejo cor
Dança
Corpo
E quem sabe o amor
Vergonha morta
Linguagem torta
Passeio das mãos
Um acelerar da pulsação
Sussurrar
Faltar o ar
Rir lá dentro
Sorrir de boca aberta
Congela-se momento
Chega-se à meta

                                                                    Lorena Nolêto


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