terça-feira, 29 de março de 2011

Surpresa!

No final da minha rua, mas bem no final mesmo,existe uma criatura,que acredito eu,sempre esteve no meu destino,a beleza das coincidências ao longo do tempo e dos fatos só não supera a oposição de 'ser quem somos',são tantas diferenças que chega a ser trabalhoso encontrar alguma semelhança.E para quê semelhanças mesmo? Como já disse uma vez, e não importa as circunstâncias que isso seja dito,'Se diferente fosse não seria tão perfeito'. O fim da minha rua me guarda lembranças,amizade,apoio,irritações,me guarda amor,um amor que você não escuta o tempo todo,mas você sabe que está ali e está ali por que foi compassadamente e bravamente construído.Seis anos de amizade não se mede com distancias eventuais,nem com pessoas que tentaram desligar as nossas mãos,nem por dificuldades de palavras e nem pelo exagero sentimental nelas,tudo se mede por algo que não se pode enxergar no filme,um filme de um genêro ainda não definido,não iremos definir,a única definição é que ele é nosso,tudo se mede pela proximidade não visível,tudo se mede na alegria que me dá em pensar em você,sempre,você sempre será o que há de mais terno em mim.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Triologia

Escutar Zeca Baleiro e depois ir a uma aula de filosofia é querer passar o dia pensando na vida,ando tão nostálgica nos últimos dias que me pego perguntando o que exatamente aconteceu a um um mês ou anos atrás,queria não ter a memória tão boa,pelo menos não queria tê-la assim para algumas lembranças especificas,como diz um belo amigo meu ' tu é toda traumatizada'.todos nós somos como baús,onde guardamos saberes,desejos,lembranças,sentimentos,alguns baús são bem fechados,outros só se precisa de um pouco de esforço para abri-los,já alguns são bem abertos e compartilham de tudo que existe dentro deles,mas cuidado,quanto mais aberto o baú,mais vulnerável ele se torna,pelo menos no mundo de hoje,não julguemos as aberturas dos baús,tem razões que os moldam,muito menos não julguemos o que está dentro deles,pois há quem diga que a beleza está nas diferenças.
Estatura baixa,cabelos enrolados,olhos pequeninos com brilho tão amigavél e acolhedor que inebriam quem os encara,uma voz que cabe o mundo,uma voz para o mundo todo ouvir,a cor que foi feita exatamente para ela,pelo menos não consigo imaginar uma mais apropriada e como anda ligeiro aqueles pés vestidos por meias coloridas,mas ela não corre contra o tempo,ela tem o tempo ao seu lado,assim como há pessoas,ela está no meio delas,ali é o seu lugar.
Não são fios de ouro,por ouro se pode pagar,mas por aqueles fios não,e como há suavidade neles ,creio que são assim para combinarem com a voz,o sorriso largo e o olhar profundo se misturam e originam a simpatia e acaba conquistando com pouco ou nenhum esforço,até mesmo sem querer,outros olhos e sorrisos.Ela gosta do diferente,do louco,do original,ela gosta de ver o sol aparecer e trazer o novo,está aí,os fios são de sol,ela é feita de luz e calor.
Os olhos pequeninos e os fios de sol me abraçaram, um abraço de três almas cansadas ,porém felizes,por que era ali que elas queriam está,era ali que las não queriam outras pessoas,era ali que elas falavam de outras pessoas e era ali que elas diziam com vozes suaves 'eu amo vocês' e apertavam mais ainda o abraço e estalavam entre si um beijo na bochecha.Elas me fazer ter certeza que o amor existe,me fazem acreditar ainda mais na generosidade do tempo e é rindo com elas que eu desejo depois daquele momento ser muito mais nostálgica.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Não se pode abreviar

Grandes olhos que adentram a alma de quem por muito ou até pouco tempo olha para eles,toda a personalidade estampada no jeito de andar e nos gestos impensados ou não,a liberdade que sempre busca,está em cada fio das suas roupas incomuns entre várias peças únicas, por ela pintadas,nas formas de ideais,nas cores de uma melodia,a arte de não querer ser normal,querer transforma-se em um poema.Seus anos vividos pouco lhe traduz,apenas contradiz os tantos saberes e idéias que lhe fazem viajar,uma tranquilidade curiosa mora ali,como se todo o tempo ela escutasse o barulho de uma cachoeira ou qualquersom natural que a acalma,dentro dela há tanta paz que me enquieta e fora dela,entre tantas outras belezas,há cachos tão enrolados que fazem um valioso contraste com as coisas tão livres dentro da sua cabeça.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Ônibus

Muitos dizem,até mesmo eu: 'Ah! como eu queria um carro!' Pois é,a comodidade que carros oferecem é super atraente,mas quer saber estou longe de ser alguém capaz de ter e sustentar um carro,então me viro muito bem e tiro bom proveito da vida de andar de ônibus,aquelas coisas grandes e coletivas não oferecem comodidade,muitas vezes,sem exageros,oferecem bastante sofrimento,calor,lotação,assédio sexual,preços abusivos,paradas caindo aos pedaços a lista de defeitos do "nosso" transporte público é extensa,mais não é só de defeitos que vive um ônibus,ele vive de pessoas,de pés delicados ou calejados,assim como as mãos,rostos diversos,culturas individuais tão variadas que me encantam de uma forma extraordinária.Sou daquelas pessoas que desde criança tem o hábito de observar e imaginar como é a vida de desconhecidos que passam aleatoriamente nas ruas,as relações que elas tem,pra onde ela estão indo,o que elas conhecem,o que elas desejam,enfim,o ser humano,a sociedade,sempre despertaram minha curiosidade,essa é a grande razão de eu cursar Ciências Sociais.
Hoje resolvi visitar minha avó e pegar o meu presente de aniversário,ganhei uma toalha linda e ontem havia ganhado chocolates de uma recém adquirida amiga que só me traz alegrias desde que a conheci e hoje ganhei também um belo livro de anotações do brilhante Rubem alves,me apaixonei por aquele conjunto lindo de papéis e tinta que a minha melhor Tia,considerada uma mãe,com carinho,como assim estava na dedicatória,me presenteou, e foi dessa mesma tia que eu lembrei e assim como de várias outras coisas no caminho percorrido pelo ônibus até a casa da minha avó,porque este bendito ônibus desviou o trajeto e passou em frente a maternidade Santa Fé onde eu e quase todos os meus primos nasceram,onde eu abracei pela primeira vez meu irmão que ao contrário de agora não era nada bonito,onde minha tia me levava quando nem meu pai e nem minha mãe podiam ficar comigo e de lá lanchavamos na cookies no tempo em que os salgados e todo tipo de comida era barato,no tempo em que o salário mínimo não passava de 180 reias,no tempo em que 1 centavo comprava uma jujuba, como assim disse a minha querida amiga,Isa, que hoje mesmo tive a honra de visitar e conversar sobre várias coisas do tipo 'no tempo...' ,assim como a conversa que eu tive com o meu primo, sobre dentro de muitas outras coisas ,nos questionamos ' O que eramos a 5 anos atras?','O que sobrou de nós mesmos?'.
Hoje a nostalgia abateu-se sobre mim,agradeço as pessoas e as suas vidas,seus lugares e suas lembranças,agradeço aos ônibus e seus pneus que me fazem viajar em muitos pensamentos e sentidos,Agradeço ao tempo.